Epifanisses

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

O Imaterial Peso

Estava voltando de carro, de noite, e observei o quanto a lua está linda hoje. Pensei comigo mesma, invejei ela ser tão linda mesmo sendo sempre tão sozinha. Ultimamente, eu tenho gostado da minha própria compania, e muitas vezes, preferido ficar comigo mesma. Tenho tido tempo para pensar em tudo o que acontece, aconteceu, planejar o futuro. Notado quantas vezes por dia eu cometo incríveis besteiras, só por força do hábito, sem me dar conta de que, no momento, não cabe. O incrível é que não é só questão de costume, é algo muito mais forte que isso. As vezes eu estou prestes a fazer algo, paro, penso, e mesmo assim ainda estou com vontade de fazer, mas não faço. Ou, também, as vezes faço momentaneamente, e  me arrependo rápido, pois eu sei que mesmo fazendo, mesmo falando, não vai levar a nada. As vezes eu tenho que me lembrar que sumir é o melhor que eu faço, estar longe é a melhor forma de não se machucar, mesmo doendo. Acreditem, ando fazendo tudo que posso, e, as vezes, até o que não posso também. Estou tentando todas as formas de ficar feliz. Muita gente invejaria o que eu ando vivendo, honestamente. Eu estou apenas fazendo da melhor forma que eu consigo.
  Acho que hoje eu estou muito enrolada, não vai sair nada concreto e pode ser que se perguntem o que exatamente eu quero transmitir (o que, no caso, nem eu sei). É melhor eu achar a frase do dia, então.


'Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.' 

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