'Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas, continuarei a escrever...' (Clarice Lispector)
Epifanisses
domingo, 13 de fevereiro de 2011
'Essência..'
Eu estava pensando, se longe nós estamos cada vez mais juntos, não temos que se sentir presos, sufocados, juntos, e sim, distantes. Estar junto não é um peso, é uma libertação. Libertação de se sentir vazio, de sentir aquele ciúmes contido, de querer tocar e não poder. Talvez, nós tenhamos achado a liberdade que precisavamos para não se sentir presos juntos. Aprendido a equilibrar nossa vida, de modo que, não tenhamos que deixar de viver nada, e, estar juntos, só acrescente nossa felicidade, completando-a. Não temos que abrir mão de nada que nos faça feliz, com tanto que, nos respeitemos e estejamos juntos, pro que der e vier, na alegria e na tristeza. Pode ser que, só eu esteja assim, e, se assim for, tenho que entender. Temos muita coisa para viver, porém, muitas ainda para viver juntos. 'Juntos' não significa mais ter que abrir mão de muitas coisas, e sim unir todas elas em uma só, e nomeá-las de felicidade. Felicidade essa que eu sei que, por onde formos, não se fará completa se estivermos longe. Essa é minha percepção. Não temos que nos obrigar a se ligar, a se ver, a se dar satisfações do que fazemos, por onde e com quem andamos, porque isso não é obrigação para nós, não deu pra perceber? Estamos longe, e aí, o que mudou?!
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