Acordei, hoje, quem sou eu? Já que não posso ser a lembrança, tristemente doce do ontém, e nem a espera, quase que ingênua do amanhã. Não sou uma máquina, não possuo manual de ferramentas e instruções, e nem tenho pilhas para tirar hoje e só repôr e voltar a funcionar daqui há um tempo. Também não sou Cinderela, que vai viver esperando o sapatinho de cristal, nem a Branca de Neve para comer uma maçã envenenada e esperar o verdadeiro amor vir me acordar, e muito menos a Bela Adormecida, que vai dormir um sono profundo de 100 anos (ou 3, ou 4, adaptando para o real contexto) e vai acordar com um doce beijo. A vida é muito, e eu? Eu não posso, de maneira alguma, virar peça coadjuvante, mesmo que o meu papel principal não seja como a das encantadas dos contos de fada que eu lia antigamente. Será que eu andei lendo muita história infantil e não quis fechar o livro nunca?
Eu preciso aprender a não ser só um tipo de mim mesma, e enxergar que ninguém nasceu para viver só de uma coisa. Ninguém vive só de trabalho, ninguém vive só de noites, ninguém vive só de estudo e '..ninguém vive só de amor..'
Mas o que sou eu, senão o exagero em forma de gente? Como já dizia uma amiga, quando eu amo, eu amo demais, quando eu sofro, eu sofro demais..
Talvez seja disso que eu precise, aprender a viver moderadamente de um conjunto de fatores que compõe a minha vida. Não é fácil, mas esse dia chega, e esse dia '..por incrível que pareça, eu não vejo a hora de chegar..'
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