Epifanisses

Epifanisses

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dói

Eu escrevi, assitindo esse clipe que eu acho incrível e ouvindo essa música, que também dispensa qualquer tipo de comentário. Depois de passar o dia me sentindo assim, essa sou eu. Vale a pena ler, ouvindo. Garanto que a percepção vai muito mais além.

http://www.youtube.com/watch?v=XwT2iiKeg1g

Atordoadamente cansada. Cansada de insistir, de ser chata, inflexível, de querer falar mais do que é necessário sempre, de não dar espaço, de tentar ser todas as coisas, menos eu mesma, pensando que assim eu vou chamar a atenção e mudar alguma coisa, quando no fundo eu sei que eu não vou. Cansada de fazer tudo errado quando eu sei o que fazer para estar certa. De saber que o momento, definitivamente, vai chegar, mas querer à qualquer custo adiantar isso, sem mesmo nem saber se faria bem pro momento. Cansada de não confiar na ordem natural que as coisas vão acontecer, mesmo sabendo que no final, vai ficar tudo bem.
  Cansada de me expor, de ser impaciente, infantil, de colocar os pés pelas mãos, de me arrepender profundamente de cada palavra dita apenas cinco segundos após ter dito. De me sentir exatamente como eu estou me sentindo no exato momento. Acho que já chega, já chegou no ápice, e nada disso está me fazendo bem, pelo contrário, só tem piorado o jeito de se sentir.
  Chega. O meu grilo falante grita dentro da minha cabeça ‘chega chega chega’, mas a minha teimosia e mania de fazer as coisas sem pensar não obedece. Foi preciso chegar nesse ponto, nesse estado de espírito, pra eu perceber que realmente, chega. Dessa vez, sem vacilar, eu sei que é o melhor. Chega de querer ser a Julieta martirizada. É o que tem pra hoje né..

 

'Tanta Saudade'

  Eu bebo, não deveria, sei que não faz meu estilo. Coração começa a disparar, não posso; vou, não posso; fico parada, não consigo. É como magnetismo, torna-se impossível se afastar, torna-se inevitável a aproximação. É praticamente uma necessidade urgente de se engolir, de não pensar nas consequências.
  Na minha cabeça, sempre ingênua, eu achando que não evitando o inevitável, vou conseguir te mostrar que não tem jeito, não tem como, não tem meio e nem solução. Aliás, solução tem sim, mas você prefere não ver, e está no seu direito. Mas aí, eu percebo de que nada adiantou, que nada mudou, que eu continuo sempre tendo um livro de pensamentos acumulados para te falar, mas você continua não tendo como retribuí-los, e é aí que percebo arrependidamente que parece que o frenesi, a emoção, o ir até as estrelas e voltar de estarmos juntos deve ter sido só para mim mesma, pois, na minha cabeça, quem experimenta esse tipo de sensação quase que sublime, não consegue manter o afastamento.
  Eu venho tentando quase que esconder, mascarar a 'falta de um pedaço' na minha vida de várias maneiras que, acredite, eu sei que são ridículas e nada tem a ver com a minha personalidade, e, como sempre, cometendo besteiras na ingênua ânsia de acertar. O que eu tenho percebido que não me levou a nada também. Então, agora o meu pensamento é o seguinte: tudo que eu perceber que não vai me levar a nada de bom, e, muito menos, melhorar a situação atual, eu não vou fazer. No fundo, eu sei que acabo te irritando por uma coisa que eu nem sequer sou, e, da mesma forma, me machucando por saber que fiz errado de novo. Mas acho que, por me conhecer tão bem, você deva entender o meu jeito (assim eu gostaria muito).
  Como está, eu sei que não tem mais a menor possibilidade de ficar, eu estou profundamente cansada de me sentir dessa forma. De viver nessa contradição, entre me afastar, mascarar meu vazio e, com isso, tentar me defender dele, que insiste em me engolir, ou me entregar. É aquilo de 'negar as aparências, disfarçar as evidências', mas chega uma hora que não se pode negar o coração, o instinto, o desejo.
  É melhor eu concluir, porque, senão, até o no que escrevo, eu vou começar a achar que eu estou sendo chata. E, de verdade, se sentir chata, repetitiva, é o pior sentimento do mundo, e eu, honestamente, não quero mais um desses pra mim. E de pensar que eu fiquei ridiculamente animada com o meu horóscopo de ontém, que dizia que:
'O que parecia perdido para sempre ou extremamente difícil de conquistar se mostra agora doce e simples. É a tal da sorte sorrindo caprichosamente a você.' 
   Acordei hoje e não vi ela sorrir nem um pouco. Ah, é verdade, horóscopo só vale no dia né.. Não adianta ela me sorrir em uma noite só, e no dia seguinte, esquecer que eu existo e virar a cara para mim. Eu sei que o melhor é sumir.. Ressaca é ruim. Saudade de ser feliz é muito pior.


Um pedaço da música que eu acordei, com uma super dor de cabeça, ouvindo (coincidências à parte):

Era tanta saudade, é pra matar
Eu fiquei até doente (..)
Se eu ficar na saudade, deixa estar
Saudade mata a gente (..)

Procurei uma saída, o amor não tem
Estava ficando louco, louco, louco de querer bem
Quis chegar até o limite de uma paixão
Baldear o oceano com a minha mão
Encontrar o sal da vida e a solidão
Esgotar o apetite, todo o apetite do coração (..)

Mas restou a saudade e é pra ficar
Eu encarei de frente, eu encarei de frente
Se eu ficar na saudade, e deixar
Saudade engole a gente, saudade engole a gente..

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pra que falar
Se você não quer me ouvir?
Fugir agora não resolve nada.
Mas não vou chorar
Se você quiser partir.
Às vezes a distância ajuda
E essa tempestade
Um dia vai acabar...

Só quero te lembrar
De quando a gente
Andava nas estrelas,
Nas horas lindas
Que passamos juntos.

A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza:
A nossa história não
Termina agora
E essa tempestade
Um dia vai acabar.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja:
Eu sou o Sol
Eu sou céu e mar;
Eu sou céu e fim
E o meu amor é imensidão

Uma das músicas mais bonitas da Ivete. Boa noite!

O Imaterial Peso

Estava voltando de carro, de noite, e observei o quanto a lua está linda hoje. Pensei comigo mesma, invejei ela ser tão linda mesmo sendo sempre tão sozinha. Ultimamente, eu tenho gostado da minha própria compania, e muitas vezes, preferido ficar comigo mesma. Tenho tido tempo para pensar em tudo o que acontece, aconteceu, planejar o futuro. Notado quantas vezes por dia eu cometo incríveis besteiras, só por força do hábito, sem me dar conta de que, no momento, não cabe. O incrível é que não é só questão de costume, é algo muito mais forte que isso. As vezes eu estou prestes a fazer algo, paro, penso, e mesmo assim ainda estou com vontade de fazer, mas não faço. Ou, também, as vezes faço momentaneamente, e  me arrependo rápido, pois eu sei que mesmo fazendo, mesmo falando, não vai levar a nada. As vezes eu tenho que me lembrar que sumir é o melhor que eu faço, estar longe é a melhor forma de não se machucar, mesmo doendo. Acreditem, ando fazendo tudo que posso, e, as vezes, até o que não posso também. Estou tentando todas as formas de ficar feliz. Muita gente invejaria o que eu ando vivendo, honestamente. Eu estou apenas fazendo da melhor forma que eu consigo.
  Acho que hoje eu estou muito enrolada, não vai sair nada concreto e pode ser que se perguntem o que exatamente eu quero transmitir (o que, no caso, nem eu sei). É melhor eu achar a frase do dia, então.


'Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.' 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Insubstituivelmente verdadeiro

  Eu estive pensando em como expor minhas emoções sem passar do ponto, espero que eu não erre por medo e acabe não as mostrando, nem peque no excesso delas. Acho que eu estou aprendendo como se descobre se um sentimento é realmente forte, se é realmente verdadeiro. Eu tenho lido bastante o texto do Shakespeare, que diz que 'não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára pra que você o concerte'. Ele gira, as coisas continuam acontecendo, mesmo que o por dentro de nós pareça estar congelado em uma outra dimensão que não a real. Mesmo com tantas coisas acontecendo, tantas novidades, holofotes, atenções voltadas para mim, pessoas ao meu redor, me cercando de todas as maneiras, tem algo que eu guardo dentro do meu coração e que insiste em dar o ar da graça e aparecer pela minha cabeça muitas vezes durante o dia.
  'Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sútil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.' Acho que esses dias, eu tenho compreendido muito essa frase. E tenho percebido que não substitui aquilo que é verdadeiro, aquilo que realmente existe é insubstituível, de todas as maneiras. Você pode estar em um lugar maravilhoso, com todas as pessoas aos seus pés, mas no fundo, o seu coração vai estar sempre rememorando o que você viveu, aquilo que foi bom e que, de lembrar, dá um nó na garganta e vontade de largar tudo para voltar atrás. Você pode estar num imenso 'novo' de coisas, mas aquilo que é verdadeiro e permanece em seu coração nunca vai se tornar velho, e nem passado, pois aquilo simplesmente faz parte de você, e sempre fará.
  Seguir em frente, tentar não olhar para trás, dar espaço para novos, estar com outra pessoa? Estar com todas as pessoas e mesmo assim não estar com ninguém, de alma. Eu percebi que não devo ousar comparar nada e ninguém, pois, voltaremos ao mesmo vazio inicial que infelizmente não muda a situação atual. Acho que não vai demorar para perceber que as almas estão, realmente, acorrentadas. Aonde quer que formos ou com quem estivermos. Talvez, um dia, faça sentido. A sensação boa da 'novidade' nunca vai superar o que realmente é verdadeiro, pois o que é verdadeiro não é passageiro. A diferença é que as pessoas descobrem isso em ritmos e tempos diferentes, deve ser por isso que há tanto desencontro durante a vida. Apesar de sintonizados, em tempos diferentes.


'You don't have to feel
Like a wasted of space
You're original
Cannot be replaced'

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fica a Dica

Hoje, apesar do dia ter sido muito interessante, acho que estou meio sem ideias, na verdade, até tenho muitas, mas preciso desenvolvê-las. Deixo uma música: Fearless - Colbie Caillat. Vale a pena!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Em busca

    Tem vezes na nossa vida que a gente sente que tudo está indo ao contrário do que desejamos para nós, que tudo que sentimos é um imenso vazio, de felicidade, de infelicidade, de emoções, de ações. Mas, eu tenho notado que a felicidade é tão urgente, e parece que, quanto mais você já foi feliz, mais a infelicidade dói quando aparece. Quem está acostumado com o doce, estranha o amargo do vazio. E é do ser humano ser assim, quanto mais temos, mais queremos. Nunca estamos e nem estaremos satisfeitos, mas essa teimosia é boa, porque nos faz ir atrás do que deixa a gente feliz e batalhar pelo que queremos, acreditar.
   Você não se sente completo, não se sente feliz. Corra atrás do que faz você se sentir bem, lute por isso. Nem que para alcançar, você precise abrir mão e fazer renúncias. Ou você vai esperar que a felicidade venha até você e bata na sua porta? Ela é muito mais que isso, e esperar, esperar pelo momento certo de agir, pelo momento certo de voltar atrás, o momento certo de mudar totalmente o rumo das coisas. Eu te digo que o momento certo é o hoje, é agora. Quando se trata de felicidade, se tem urgência. Sem ela, a vida passa quase como em vão, os dias passam rápido e você olha para eles e pensa 'o que aconteceu de bom hoje?'.
  Se você sentir que tudo está difícil, que não consegue dar uma reviravolta, que não consegue encontrar sua felicidade, comece pelo simples. Passe a dar valor para as coisas mais singelas, e que mesmo assim te façam sorrir. Coisas que estão perdidas dentro do nosso cotidiano, e que muitas vezes nem nos damos conta. Comece pelo pequeno, mas pelo menos comece, para você não sentir que não está fazendo nada para mudar essa situação. Pense que se está difícil para você, para muitas outras pessoas também está. Aprenda a responder com um sorriso, ele é a chave que vai ligar o motor, e que vai te dar ânimo para buscar o seu bem estar, seja lá aonde ele possa estar.

  Eu tinha prometido escrever isso para uma pessoa que eu tenho um carinho imenso, e acho que hoje eu consegui achar a inspiração para escrever direito, e, de coração, poder te dar uma ajuda, da maneira que eu sei: escrevendo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sintonia

  Há duas sensações em nossa vida que são completamente inevitáveis: a primeira é a dor, e a segunda o amor. Existe sentimento mais urgente que o amor? O amor você não pausa, não retoma, não guarda, não expulsa; muito pelo contrário, ele insiste em permanecer, tomando nossos pensamentos por completo. Quando não conscientemente, em sonho também. Creio que desperdiçá-lo seja uma das piores atitudes que o ser humano pode cometer. Afinal, é todo dia que você está andando na rua, se depara com alguém e pensa 'é essa a pessoa que eu vou amar por anos, vou planejar sonhos junto e vamos ter assunto e afinidade para sempre'? - isso simplesmente acontece, como um cometa, uma vez em mil. Quando acontece nós sabemos, pois tudo passa a ser dentro de nós mesmos.
  Então, pense bem antes de jogar ao vento a chance de ter ao seu lado uma pessoa que você realmente ame, pois o tempo é traiçoeiro, e às vezes nos leva embora. Pense bem antes de, à noite, colocar sua cabeça no travesseiro e pensar em tudo que vivemos e se tocar que hoje você poderia ter resolvido todas as dúvidas, ter recuperado a sua felicidade plena, ter, simplesmente, dito algo, marcado de encontrar, mas perdeu a chance pois não sabia se ia melhorar sua vida ou não. Só esteja atento, pois amanhã pode ser tarde, o amanhã por si só pode nem chegar para a gente. Teríamos desperdiçado? Do mesmo jeito que estamos desperdiçando quando deitamos para dormir e nossos pensamentos se cruzam. Estamos sintonizados, lembra?! Será que lembra mesmo?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

  Uma das características que faz o ser humano ser essa esquisitisse crônica é a necessidade de ter que perder algo para realmente reconhecer o valor daquilo. O ser humano em geral é masoquísta, gosta de sofrer, gosta de fazer as coisas da forma mais complicada. Gosta de sentir que perdeu todas as chances e só assim se dar conta do grande desperdício que cometeu, sabe quando se tocar? Quando todas as possibilidades de reconcertar o erro se esgotarem.
  Se as pessoas aprendessem a se deixar levar por uma oportunidade que talvez seja única, e que, nunca mais volte para nós, o mundo seria tão mais fácil. Ainda bem que essa lição eu aprendi, tomando na cabeça, mas aprendi. Hoje em dia, não desperdiço nenhuma das oportunidades, das chances, das peças que o destino coloca no meu caminho. Destino: uma combinação do plano divino com atitudes no presente. É tão fácil de notar como tudo nos converge para um mesmo caminho juntos, será que é difícil perceber isso?
  A nossa vida não para enquanto esperamos as pessoas se decidirem, ela continua, continua e continua.. e quando nos damos conta, praticamente, nos engoliu. E ainda bem que aprendi também que, o que realmente é verdadeiro são os sentimentos e os laços que construímos com as pessoas, pois fases são passageiras. Aprendi a não me deixar levar pela forte corrente dessas fases passageiras, pois quando eu me der conta, eu vou ter perdido tudo aquilo que eu tinha de mais puro e verdadeiro.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

'Há Momentos'

Quem me conhece deve saber que eu sou completamente apaixonada por todas as palavras de Clarice Lispector. Hoje, como é de costume, lendo as citações dela, escolhi um texto. Lá vai.

'' Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

'Scar tissue'

Cansada. Cansada de ouvir conselhos alheios, pessoas dizendo o que eu devo ou não devo, como ou não agir, o que não fazer e o que fazer caso aconteça isso. Chega! Eu tenho que agir por mim mesma, sempre, no fundo eu só tenho a minha própria consciência. Por mais que, as vezes, ou quase sempre, eu ache que eu faço muitas coisas erradas, as quais só demonstram a minha fragilidade. Hoje, tomando chuva, tive uma epifania e me senti tão mal. Estou tão cansada de me sentir assim, não quero mais essa sensação na minha vida. Eu deveria continuar escrevendo isso, mas eu realmente não estou com inspiração..

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tudo sobre mim

Eu gosto de me perder no mundo do meu seriado, lá eu sou apenas uma observadora que assiste tudo, com uma vontade de estar dentro, se emociona com os romances alheios, chora junto com os choros incompreendidos. E o máximo de agonia e de espera que eu tenho que suportar é uma semana, quando sai o novo episódio. Eu realmente não sou uma pessoa paciente, nunca fui, desde pequena. A diferença é que a seriedade das coisas que eu tenho que esperar atualmente na minha vida real é grande, mas eu continuo a mesma criança impaciente de sempre. Eu tenho urgência, intensidade, medo, instabilidade, eu não sei viver incompleta, não sei mesmo. Eu preciso o tempo todo buscar a minha parte faltante. Eu quero estar perto, e, ao mesmo tempo, sumir por um bom tempo. Eu necessito falar, por mais que eu saiba que, de nada adianta. Eu quero presença, calor, por mais que eu saiba, e eu sei, que depois isso só vai deixar a minha cabeça mais e mais cheia, se é que é possível. Tudo o que eu tenho feito é pensar, pensar, pensar... E, o único momento que eu não penso, é quando eu finjo estar dentro do meu seriado preferido.
'É um até logo..' - Eu espero que bem logo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Espirais

Insuportável, sensação de impotência, quase uma falta de ar. A sensação de quando a nossa vontade está andando totalmente na contra mão da situação real e nós temos que fazer algo para mudar, mas não temos certeza se vai resolver, se vai melhorar, se vai aliviar e só... Dúvida. É quase involuntário dar as mãos, é automático ter que estar o mais perto possível, se sentir, nem que seja por um pouco. Quando o coração está pulando pela boca, a vontade transbordando, o sentimento inflamando: um beijo. Resolveria?! Depende do rumo que estamos pensando em dar para essa situação toda em que nos encontramos. De um lado: confortante; de outro: desespero. Uma só sensação: intensidade. Sabe por que o sentimento não aumenta? Porque ele não tem mais espaço para ir, ele é enorme o suficiente para nos deixar.. intensos.

Um trecho de uma música que eu gosto muito:

''Se nada tem um fim, quem é que fez o não?
 Se a nossa vida quer assim..
Se existe outra dimensão, em que você não é você
Quem é que sabe a direção pra encontrar quem não se vê?
Se o tempo sempre tem razão, e tudo sempre irá mudar
Pra que manter os pés no chão, se todo mundo quer voar?''

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

É engraçado, tenho a sensação que estamos voltando pro começo. Aquele que pulamos há um bom tempo atrás, mas o incrível é: já nos conhecemos perfeitamente. Ambos sabemos; estamos protelando, adiando a cada dia, mas, também estamos cientes de que esse dia está se tornando inadiável. Vamos só parar para pensar em como faremos para deixar tudo melhor do que já foi um dia, de modo que, possamos nos sentir completos sem nos sentir sufocados, nos tornando cada dia mais fortes, cada dia mais como um só. É a ponte entre confiar sinceramente e preservar nossa liberdade individual. Realmente, difícil, mas eu acredito que seja possível. Acho que a gente já quebrou a barreira do impossível há muito tempo. Sabemos que muita coisa boa ainda está por vir, muita novidade vai surgir, mas, se estivermos juntos, a sensação só vai melhorar.
  Por incrível que pareça, não acho que estejamos indo contra o nosso destino e o desafiando, e, ao contrário, ele sim está tentando nos juntar a qualquer custo, sem que tenhamos tempo em parar pra pensar, eu só estou dentro desse barco, e dele eu não tenho vontade de sair.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

'Essência..'

Eu estava pensando, se longe nós estamos cada vez mais juntos, não temos que se sentir presos, sufocados, juntos, e sim, distantes. Estar junto não é um peso, é uma libertação. Libertação de se sentir vazio, de sentir aquele ciúmes contido, de querer tocar e não poder. Talvez, nós tenhamos achado a liberdade que  precisavamos para não se sentir presos juntos. Aprendido a equilibrar nossa vida, de modo que, não tenhamos que deixar de viver nada, e, estar juntos, só acrescente nossa felicidade, completando-a. Não temos que abrir mão de nada que nos faça feliz, com tanto que, nos respeitemos e estejamos juntos, pro que der e vier, na alegria e na tristeza. Pode ser que, só eu esteja assim, e, se assim for, tenho que entender. Temos muita coisa para viver, porém, muitas ainda para viver juntos. 'Juntos' não significa mais ter que abrir mão de muitas coisas, e sim unir todas elas em uma só, e nomeá-las de felicidade. Felicidade essa que eu sei que, por onde formos, não se fará completa se estivermos longe. Essa é minha percepção. Não temos que nos obrigar a se ligar, a se ver, a se dar satisfações do que fazemos, por onde e com quem andamos, porque isso não é obrigação para nós, não deu pra perceber? Estamos longe, e aí, o que mudou?!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Com dias contados

Chega a ter uma pontinha de comicidade nessa história toda, é incrivel! A gente ainda não conseguiu aprender que não tem como, não tem o que fazer, não tem como fugir. Podemos tentar se distanciar, viver longe, adiar. Chega: não se adia sentimento, não se guarda numa caixa, não se cultiva em um jardim. O amor, aquele verdadeiro, só inflama com o tempo. Ao invés de, naturalmente, estarmos tomando rumos cada dia mais opostos, está acontecendo exatamente o efeito oposto, e isso está nos tomando as mentes e corações, é uma necessidade estar perto, por mais que doa (e dói), é uma obrigação reparar o desejo a cada dia, só aumenta. E a lista das pessoas que apostam só cresce, seráa que só fica faltando a gente assinar em baixo?! No fundo a gente sabe, que está adiando uma coisa que não se dá pra adiar, não se agenda sentimento, não se desperdiça também.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

'Tão Seu'

  Olhares cruzando, suspiro, coração bate, aumenta, respiro. Vontade de fugir, correr, ou só permanecer parada? Um toque, um cheiro, uma sensação que insiste em se prolongar. Uma felicidade persistentemente triste cada vez que os olhos congelam. Estranheza, como assim mesmo ambiente em lugares separados? Tão longe e tão perto, perto de mente, perto de coração, um só sentimento. Ele é forte, ele me arrasta, mas a cabeça ainda pensante me martela 'segure-se', é o melhor a se fazer.
  Borboletas no estômago, movimentos estrategicamente calculados, eu aqui. Olhos procuram, desejo batendo, você aí. Jogar tudo pro alto, me abraça, não, não me abraça. Fala comigo, não, eu falo, não, não falo, o que eu estou fazendo aí? Nem sei como vim parar perto de você.. Ou sei? É como já dizia Skank - o nosso amor é novo, é o velho amor ainda e sempre...

Mais Uma Vez

Não me saiu da cabeça hoje, então, resolvi postar. Uma das músicas mais delicadas que eu conheço. O clipe vale a pena também!

http://www.youtube.com/watch?v=WDoDze7hkWM

Mais Uma Vez - Jota Quest

Te tenho com a certeza
De que você pode ir
Te amo com a certeza
De que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos
Conseguimos ir mais longe


Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende


Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
Que nosso amor está acima das coisas desse mundo

Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento
Eu espero por você
O tempo que for
Pra ficarmos juntos
Mais uma vez

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sinceros

Ás vezes, as pessoas perguntam pra mim se eu sou ingênua, o porquê de eu perdoar tão facilmente coisas que podem ser até imperdoáveis, se eu esqueço rápido o que as pessoas já me fizeram de mal. A questão não é essa, eu procuro entender o jeito da pessoa agir. E, no caso do meu presente, não que eu tenha perdoado e esquecido, não que minhas feridas tenham cicatrizado, mas, por incrível que pareça, eu só entendo o que se passou na cabeça para fazer o que fez. A gente se entende, sem jogos, sem mentiras, somente sinceridade. Sempre foi assim, e sempre continuará sendo. Eu não sou boba, eu tenho meu amor próprio e sei o quanto eu sou importante e especial, mas isso não significa que eu tenho que agir de uma maneira que se distancie do que eu realmente sou. Esnobar não é comigo, eu não sou tão atriz assim. A pessoa que consegue esnobar quem se ama deveria estar na Globo. E a pessoa que diz que não perdoa erros de quem se gosta, deveria ganhar o Oscar, então. 'Mais fácil é sofrer, difícil é perdoar.'
   Não vou dizer que 'te perdôo', porque perdão é algo que se conquista com o tempo, mas posso afirmar entendo a maneira que agiu, simplesmente, por te conhecer e te entender tanto sempre. Talvez, eu não devesse te conhecer tanto, e nem você tanto assim. Deve ser por isso que a gente nunca se esconde nada. O que me conforta, pois, se um dia ouso pensar que perdemos tudo que se foi, lembro da nossa sinceridade um com o outro, e lembro que, o que a gente sente, acaba sempre superando o que a gente está fazendo das nossas vidas. Essa talvez seja nossa base, o que torna sólido o que construimos juntos.

Aceitação não..

  É interessante o que aconteceu comigo hoje, voltar ao passado... Me fez perceber que há muito ainda de mim que eu preciso descobrir. Andei me autoanalisando, pensei, lágrimas caíram. Eu nunca quis destruír os sonhos de ninguém, nunca quis impedir ninguém de realizá-los. Na minha cabeça, o que eu sempre fiz foi sonhar junto, embarcar nos sonhos alheios. As minhas intenções sempre foram as melhores, mesmo se, algumas vezes, eu tirei o ar das pessoas; a minha vontade sempre foi doce, mesmo se, algumas vezes, eu roubei um pouco a liberdade individual que cada um tem que ter para viver. Mas, nunca vou me esquecer que tantos sonhos foram construídos sonhando juntos, e tantos se realizaram também, fora os tantos que ainda estão pendentes. Tudo que aconteceu foi propriamente um sonho; a felicidade é quase isso, um fechar de olhos sutíl e um despertar repentino. Muitas vontades serão concretizadas no distanciamento, muitos sonhos (ou planos de realidade distante) ainda terão que esperar por um tempo. Por quanto? 'Sem questionamentos, sem entendimentos, só aceitação...'  E o sentimento é lá algo que se conforta com uma aceitação? Ele se alimenta de dúvidas, de questionamentos intermináveis, e, talvez, se fosse diferente, ele não seria tão intenso, tão puro.
 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Completamente

Eu devo ser muito insistente. Essa minha teimosia em querer adivinhar as coisas as vezes até me cansa, quem dirá, os outros. Eu juro que é difícil ser Giulia. Eu não consigo estar incompleta em nada, eu não consigo me sentir assim. Eu tenho que ter a sensação de que fiz o possível e o impossível, mesmo que eu não saiba aonde eu estou querendo chegar com isso. As minhas chatisses, minhas pentelhisses e esquisitisses tem que ser perdoadas, eu não escolhi ser assim, é defeito de fábrica. Não vou mais atrás de respostas, não vou mais buscar explicações, nem expor meu ponto de vista, afinal, ele já está mais do que exposto, está, praticamente, descarado. Ser incompleta me dá coceira, me atormenta, é como sentir uma fome insuportável e querer comer aquele iogurte que está na geladeira sobrando. Você sabe que ele não vai te satisfazer por completo, mas pelo menos você tentou. As minhas loucuras serão perdoadas, eu ainda não aprendi a ser alguém que se acostuma com uma situação, talvez, eu nunca aprenda também. Ah, como eu odeio essa palavra! E também, as vezes seja até bom não aprender, porque, por enquanto, gente incompleta me dá.. uma sensação que eu ainda não achei um nome.

Abrir Os Olhos

Sonho ou realidade? Acho que eu estou andando em uma paralela entre esses dois. Era para eu estar completa agora. Por que nós cometemos erros? Por que o tempo não pode andar para trás para concertarmos? Darmos corda nessa máquina de novo. As coisas que a gente julga tão fortes, elas não vão embora de um dia para o outro. As vezes, elas nunca vão... O que a gente está fazendo? Eu não tenho a mínima noção, pois eu, simplesmente, estou seguindo o ritmo das coisas, sem entender o porque delas andarem tão devagar. Eu tenho compreendido que só o que é verdadeiro fica. E eu tenho certeza que nós somos verdadeiros, temos a mesma sensação verdadeira, o mesmo bater de coração, o mesmo brilho no olhar quando nos olhamos, a mesma vontade de querer voar. Então, me explica o porque disso estar acontecendo.. É uma fase como todos dizem? Francamente, eu tenho estado cansada de ouvir os outros, tenho preferido acreditar no que eu sinto que se passa dentro de nós. Tenho deixado os alheios, me focado em mim mesma, nas minhas sensações. Eu já me conformei, eu não sou cabeça, eu não sou razão, nunca fui. Se eu fosse, talvez as pessoas não achariam tanta graça no meu jeito exagerado de ver tudo que se passa ao meu redor, e eu não quero mudar isso em mim. Sem jogos, sem segundas intenções, a minha alma é um livro aberto.
  A vida me chama, e tem me chamado cada dia mais, quase que me puxado. Então, somente me diga o que eu devo esperar, se é que eu devo esperar algo. Se um dia eu vou confiar de novo, se um dia tudo vai ser muito melhor. Eu só quero saber isso (só?!). A felicidade é muito para nós deixarmos ela escorrer por entre os nossos dedos e continuar sentados, acreditando (ou querendo acreditar) que tudo está melhor assim, quando na verdade nós sabemos que não está.

Um trecho de Happiness ( The Fray)
http://www.youtube.com/watch?v=cym52I0pD9M

Happiness is just outside my window
Would it crash blowing 80-miles an hour?
Or is happiness a little more like knocking
On your door, and you just let it in?

Happiness feels a lot like sorrow
Let it be, you can't make it come or go
But you are gone- not for good but for now
Gone for now feels a lot like gone for good

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

I Won't

Faz no mínimo uns 20 minutos que eu estou tentando começar a escrever isso, está meio complicado, meio engasgado, quase não querendo sair. Então eu resolvi postar uma música, o que também foi algo difícil de escolher, pois muitas me vieram à cabeça. Eu tenho ouvido muito a música Happiness do The Fray, que meio que tem traduzido como eu venho me sentindo nesses últimos tempos. Mas, nesse momento, eu estou pensando nas músicas da Colbie Caillat, que já marcaram muitas fases da minha vida, as felizes e as nem tanto. Para me traduzir no momento, eu pensei em postar Realize, Midnight Bottle e Begin Again.. Mas fiquei com I Won't. Acho que pra essa noite de insônia, essa cabe muito bem. Vale a pena ouvir :)
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3_kWsSuLqUI

I won't do what you told me
I won't do what you said (no)
I'm not gonna stop feeling
I'm not gonna forget it
I don't wanna start over
I don't wanna pretend it you are not my lover
Guess you're only my friend

Cause when it took my heart, It took it all
When you gave it back, I fell apart


Well, maybe you're not right for me
Maybe this is hard to see
I get lost in your beauty
And I just stop questioning
Cause when you took my heart , You took it all
When you gave it back , It fell apart

You say it's easier to burn than to build
You say it's easier to hurt than to heal
But I say you lose when you give up what you love
And I've lived my life without you long enough

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Eu estive pensando esse final da semana se a minha tão conhecida curiosidade insuportável em querer saber tudo sempre é tão benéfica quanto eu pensava. Eu achava que poderia ser quase uma Sherlock Holmes, versão um tanto quanto adaptada dos mistérios, mas acho que estou mudando meu ponto de vista. Tenho que concordar que a minha curiosidade já me levou a descobrir muitas coisas as quais mudaram o rumo da minha vida. Mas e quando descobrir simplesmente não vai mudar em nada? Descobrir por descobrir, saber só para não perder totalmente o conhecimento sobre a situação. Ultimamente, isso tem me feito saber de coisas que, francamente, eu preferia desconhecer. Detalhes de histórias, explicações que surgem com variações um tanto quanto duvidosas, um fala uma coisa, outro acrescenta alguma outra coisa. Resultado: a minha cabeça fica um turbilhão, e a minha raiva? Aumenta, ferozmente.
  A realidade é: eu não tenho o controle de todas as situações, pois eu não posso controlar o que não está ao meu alcance. Eu enlouqueceria. Se mesmo achando que eu estava no controle da situação, eu falhei, quem dirá agora.
  Então, tirei a lição de casa da semana. Já que ficar sabendo de coisas e detalhes que já passaram não vai mudar nada do que já foi feito, e, muito pelo contrário, só está fazendo piorar o meu ponto de vista acerca da situação, eu prefiro não saber de mais nada. Afinal, quem procura acha, e nem sempre o que achamos é algo que estamos preparados para encontrar. O que os olhos não vêem, o coração não sente, não é isso? A verdade as vezes dói, demais.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Afinal, quem é você?

Preciso dividir isso ainda hoje, quase que cuspir. Como algumas pessoas conseguem? Agir de duas formas diferentes em uma mesma situação. Eu sou muito antiquada ou só sou honesta mesmo? Como dizer que se arrepende de uma atitude cometida no calor da impulsividade, se depois os atos só comprovam que não houve arrependimento nenhum? Contradições, melhor seria se eu odiasse, mas não, eu só consigo desconhecer. Desconhecimento de algo que você confiou durante tanto tempo, decepção.
  Para mim, caráter faz com que uma pessoa seja, por mais diferente que possa estar com as fases, a mesma pessoa sempre. Com os mesmos princípios, ideias, projetos.. Quanto mais eu permaneço a mesma, mais você muda. A Giulia sempre será a Giulia, tudo que você sabe sobre mim é o que eu sou. E você, quem é?
O que eu sei sobre suas atitudes contradiz tudo o que eu sempre soube.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Universo Particular

Ultimamente, eu tenho me perdido muito nos meus sonhos do mundo da lua, acho que eu tenho tido tempo demais para isso, ou, talvez, nem tantos motivos na vida real para querer estar acordada. Entenda, eu não tenho certeza que meus sonhos irão se concretizar, não tenho mesmo, apesar de eu ser a sempre teimosa dona da verdade. Apenas, não quero ser nem pessimista, e achar que tudo que planejo vai mudar completamete de rumo, e nem realista, pois, eu não consigo achar nem meia dúzia de motivos para ficar feliz com a realidade.
  Acreditar - esse verbo tem sido a palavra que move meus dias. Se nem nós mesmos acreditarmos que tudo vai dar certo, quem fará isso por nós? Esse é o primeiro passo, de uma longa jornada, eu sei, mas eu sempre tenho que ter a sensação de que estou controlando alguma coisa, nem que seja só uma lei da atração para o meu futuro. E não vai achando que ela é mais uma das minhas superstições, ela é comprovada, assim como as outras leis da física. E como já dizia o poeta: 'não há mal pior que a descrença'. E já que ' a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida ' - a única coisa que peço é: acredite no que planejamos, sem pensar nas grandes mudanças que iremos passar, já que a pior solidão é daquele que não ama. O amor não morre, nunca.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Believe

   Não é crônica, é sonho.. Tinhamos um combinado, quase que um contrato. Nos víamos uma vez por semana, sempre em um mesmo horário. Não precisavamos nos ligar, remanejar horário, ou, as vezes, inventar alguma desculpa. Simplesmente íamos, os dois, todas as segundas-feiras em um mesmo local. O que fazíamos? Conversávamos, em meio as conversas, lembro-me de me perder nos assuntos, simplesmente, olhando seus detalhes. Olhava para o contorno de sua boca, , para os seus olhos, cabelo, jeito de falar. Tinha um desejo delicado de chegar bem pertinho, e só sentir o cheiro da sua pele. Enquanto olhava, eu pensava que você era como uma pintura íntima, que eu mesma criei, e da qual eu conhecia todos os detalhes, desde os dedos do pé, passando por suas pernas tortinhas, chegando às suas mãos. Aquela foi a forma encontrada para não nos perdermos em meio ao tempo, e, de fato, não nos perdíamos, pois, ao longo do sonho, sinto que o tempo passava rápido, e que o dia esperado chegava mais perto a cada semana. Cada semana eu estava mais feliz, por saber que faltava sempre menos. O nosso brilho no olhar cada vez em que nos víamos nunca deixou de existir, era sempre a mesma sensação, borboletas na barriga..
  Acordei, queria ter dormido muito mais, mas, obviamente, o final daquela história eu não iria saber. Acho que é até melhor. Escrevendo isso agora, não me lembro se sonhei ou se ainda estava acordada, perdida no mundo dos meus pensamentos, que, em especial, essa noite me renderam uma hora rolando na minha cama. Abracei a Charlote.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Coisas da Vida

  Acordei, hoje, quem sou eu? Já que não posso ser a lembrança, tristemente doce do ontém, e nem a espera, quase que ingênua do amanhã. Não sou uma máquina, não possuo manual de ferramentas e instruções, e nem tenho pilhas para tirar hoje e só repôr e voltar a funcionar daqui há um tempo. Também não sou Cinderela, que vai viver esperando o sapatinho de cristal, nem a Branca de Neve para comer uma maçã envenenada e esperar o verdadeiro amor vir me acordar, e muito menos a Bela Adormecida, que vai dormir um sono profundo de 100 anos (ou 3, ou 4, adaptando para o real contexto) e vai acordar com um doce beijo. A vida é muito, e eu? Eu não posso, de maneira alguma, virar peça coadjuvante, mesmo que o meu papel principal não seja como a das encantadas dos contos de fada que eu lia antigamente. Será que eu andei lendo muita história infantil e não quis fechar o livro nunca?
  Eu preciso aprender a não ser só um tipo de mim mesma, e enxergar que ninguém nasceu para viver só de uma coisa. Ninguém vive só de trabalho, ninguém vive só de noites, ninguém vive só de estudo e '..ninguém vive só de amor..'
Mas o que sou eu, senão o exagero em forma de gente? Como já dizia uma amiga, quando eu amo, eu amo demais, quando eu sofro, eu sofro demais..
Talvez seja disso que eu precise, aprender a viver moderadamente de um conjunto de fatores que compõe a minha vida. Não é fácil, mas esse dia chega, e esse dia   '..por incrível que pareça, eu não vejo a hora de chegar..'

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Só pra te mostrar

'.. Não quero nada
Que não venha de nós dois
Não creio em nada
Do que eu conheci antes de conhecer
Queria tanto te trazer aqui
Pra te mostrar, pra te mostrar por que

Não há nada que ponha tudo em seu lugar
Eu sei
O meu lugar está aí

Não vejo nada,
Mesmo quando acendo a luz
Não creio em nada
Mesmo que me provem certo como dois e dois
As plantas crescem em nosso jardim
Pra te mostrar, pra te mostrar por que

Não há nada que ponha tudo em seu lugar
Eu sei
O meu lugar está aí..'

Sou a única?

Eu devo ser um pouco boba, por incrível que pareça, um pouco ingênua. Se eu tento me reconfortar pensando que o destino é algo que não podemos evitar, por que então eu cismo em querer dar uma mãozinha à ele? Se, de fato, o que for pra ser, será, por quê então eu desejo insistentemente manipular esse destino. Vontade? Amor? Pressa de ser feliz?
 O meu sexto sentido sempre me avisa das coisas, o meu anjo sempre vêm conversar comigo, por que agora mesmo eles guardando segredo pra eles mesmos, eu ainda acho que não teve fim?  E não tem como eu dizer para mim mesma que a gente só põe um ponto final em algo que nós queremos, pois, por muitas vezes, por mais que fosse contra a minha vontade, eu sentia que tal fase era passada. Eu sei que não é só coisa da minha cabeça (ou coração), eu tenho a profunda sensação de que não dá pra virar a página, e, mesmo se eu virar, eu quero os mesmos personagens e os mesmos dois papéis principais, com direito a final feliz.. É sonho?

Reparações

Hoje, enquanto dormia pela manhã, ouvia o barulho de entulhos de obra sendo jogados dentro da caçamba aqui do lado de casa. E naquela transição sonho realidade, comecei a imaginar que aqueles cacos podiam muito bem se comparar comigo. O que fazer? Reparar os cacos que restaram da minha vida ou construir um novo vaso? Até que ponto reparar esses cacos me faria bem? Eu não sei se, nesse momento, essa restauração traria a minha felicidade de novo.. pois, um vaso reparado, por mais bem colado que fique, vai ter sempre pequenas rachaduras e pequenas falhas de material. Cheguei a conclusão que posso guardar esses cacos, e, quem sabe daqui há algum tempo, quando as coisas estiverem mais claras, não tão confusas, eu possa usar esses cacos para dar mais beleza ao vaso que eu vou construir lentamente, a partir de agora. Dos cacos que ficaram, pode ter uma certeza: eu guardei os mais bonitos (que são a maioria), e os profundamente irreparáveis eu já joguei na caçamba de entulhos!