Se tem
uma coisa que eu aprendi com pessoas que não agregaram algo
de bom em minha vida foi não perder tempo com esse tipo de gente. Talvez soe
como amargura, mas que fique claro: eu não estou criticando essas pessoas,
apenas dizendo que elas não agregaram nada simplesmente por estarem em
momentos diferentes do meu, ou seja, o que aconteceu foi um conflito de
interesses e de vontades no relacionamento. Me decepcionei? Algumas vezes.
Decepcionei alguém? Infelizmente.
Percebo
que estou em um momento de valorização do meu relógio natural, acho que isso é
o que tende a acontecer quando a gente amadurece, cresce e nosso tempo para
certas coisas começa a ficar cada vez mais contado e restrito. E é aí que me
indago: temos tempo a perder?
E
nessa conclusão impaciente que me é muito peculiar, penso se é válida a
honestidade de fazer uma simples pergunta para a outra pessoa quando seu
coração já pede alguns esclarecimentos: estamos matando tempo ou construindo
tempo juntos? No momento em que me encontro, não estou mais querendo matá-lo
com pessoas e situações que talvez não levem a lugar algum, muito pelo
contrário, estou querendo solidificar relações e utilizar o pouco tempo que me
sobra em favor disso.
Porém,
como saber se essa sinceridade também não vai gerar uma conclusão impaciente no
outro? Em muitos momentos, eu quero gritar minha necessidade de definições,
mesmo que mínimas, por já ser uma mulher que clama por seriedade e
comprometimento, mas meu lado menina me cala por pensar no tipo de reação que
minha transparência pode gerar. Assustar ou querer apressar as coisas não é nem
nunca foi minha intenção.
“Que
não tenhamos pressa, mas que não percamos tempo.” Saramago define perfeitamente
meu estado de espírito. Não quero me precipitar, mas tenho necessidade de saber onde eu piso. Eu quero o "estar junto" por inteiro, aquele de corpo e alma,
aquele que infelizmente já não me recordo mais como é.
Muito bom! Diria que é uma perfeita definição de sentimentos.
ResponderExcluir