Ás vezes, eu me questiono se eu espero demais dos outros, se eu sou muito exigente com as pessoas que eu gosto. Acho que, quanto mais você gosta das pessoas, mais você espera delas. Eu espero sinceridade, acima de tudo. Eu me considero tão sincera com as pessoas, com todos... Honestidade acima de tudo, não há nada que, quando eu coloque minha cabeça no travesseiro, eu me arrependa de ter feito para alguém. Ultimamente, tenho prestado atenção nas idiotisses que eu cometo mesmo sem perceber, e procurado me redimir no mesmo momento em que eu faço a percepção de que não foi legal.
Tudo bem, eu sou exagerada por natureza, mas acho que tem atitudes que eu nunca vou considerar normais, e acho que ninguém devia considerar, pois, se acontecem, é porque muita gente vê como natural. Promiscuidade é uma delas. Eu me assusto quando ouço 'fulano está namorando mas vive com várias..', esse despertencimento me assusta demais, as pessoas não devem ser apegadas umas as outras, mas essa história de 'ninguém é de ninguém' no meu mundo não tem o mínimo espaço. Se dar valor é tão importante, é, talvez, a chave da verdadeira felicidade. Saber que é feliz não por sorte, por momento, mas é feliz porque merece. Nunca foi minha intenção se colocar no centro do mundo, me achar qualquer coisa a mais que os outros, mas a minha diferença é que eu me dou valor, eu não me sujeito a banalidades. E hoje, eu percebo o quanto as pessoas que me conhecem, enxergam isso em mim. Essa sou eu e como eu vivo. Não deixo ninguém jogar um balde de pixe no meu mundo cor de rosa!
'Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas, continuarei a escrever...' (Clarice Lispector)
Epifanisses
domingo, 10 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
A outra
Eu tenho estado tão metida nos meus livros e textos que acabo não conseguindo organizar meus pensamentos para fazer uma publicação decente. Mas essa semana eu li um conto do Borges, chamado 'O Outro', em que o autor encontra com ele mesmo 50 anos mais jovem e percebe a chave desse encontro: a mudança. Ele não se reconhece frente à ele mesmo bem mais jovem, passa a ser um estranho à ele mesmo. É como dizia Heráclito, um homem não pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando entrar nem o rio e nem o homem serão os mesmos. O tempo não passa, mas nós é que passamos com ele, e esse processo se dá de forma quase que mágica, não percebemos o quanto mudamos. 'A única constante é a mudança.'
Me coloquei no lugar de Borges, tentando imaginar se fosse comigo, mas em um intervalo de tempo muito mais curto, a experiência é quase assustadora. É incrível como mudamos: nossos gostos, formas de ver o mundo, de pensar em nós mesmos e em nossas relações. Percebi o quanto a mudança é necessária e essencial para o nosso crescimento. Acho que aprendi a ser um pouco mais desapegada ao que já se passou e hoje já não me faz nenhum sentido, a não ser pela lição que deixou. E isso me trouxe um alívio...Seguir em frente, fazer diferente, ser uma nova pessoa, se renovar, principalmente, mantendo a essência dos seus sentimentos mais verdadeiros pelas pessoas. Mudar é preciso, a vida nos mostra o que é de verdade e o que é passageiro. Quem faz essa percepção de distinguir o que é verdadeiro do que é só uma passagem, é muito mais feliz, pois mantém ao seu lado só o que importa. O tempo nos mostra.
Me coloquei no lugar de Borges, tentando imaginar se fosse comigo, mas em um intervalo de tempo muito mais curto, a experiência é quase assustadora. É incrível como mudamos: nossos gostos, formas de ver o mundo, de pensar em nós mesmos e em nossas relações. Percebi o quanto a mudança é necessária e essencial para o nosso crescimento. Acho que aprendi a ser um pouco mais desapegada ao que já se passou e hoje já não me faz nenhum sentido, a não ser pela lição que deixou. E isso me trouxe um alívio...Seguir em frente, fazer diferente, ser uma nova pessoa, se renovar, principalmente, mantendo a essência dos seus sentimentos mais verdadeiros pelas pessoas. Mudar é preciso, a vida nos mostra o que é de verdade e o que é passageiro. Quem faz essa percepção de distinguir o que é verdadeiro do que é só uma passagem, é muito mais feliz, pois mantém ao seu lado só o que importa. O tempo nos mostra.
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